Desde o início do atual ciclo de desaquecimento por que passa nossa economia, um dos setores mais impactados foi o imobiliário, até porque vinha de um período de bonança, onde o número de compradores era muito maior que o de vendedores. Como consequência, nos últimos anos registrava-se aumento constante no preço das unidades, que aceleravam a velocidade de vendas, fazendo com que os vendedores não se preocupassem muito com os aspectos gerias dos imóveis ofertados, haja vista o grande número de pretendentes, que deixavam de olhar os detalhes, buscando agilizar o processo de compra.
Mesmo nesse cenário positivo a preocupação com a apresentação do imóvel é fundamental, uma vez que os pretendentes normalmente comparam antes de adquirir os imóveis. Nesse sentido, alguns vendedores comentam alguma dificuldade em transacionar seu imóvel quando não há preocupação com a sua apresentação, seja quanto ao elevado tempo que a negociação levou para ser concluída, ou ainda pelo valor obtido, que nessas circunstâncias acabava sendo inferior ao de unidades semelhantes, às vezes situadas no mesmo edifício.
Muitos podem ser os fatores que influenciam essa ocorrência, que passa pelo inadequado estabelecimento do preço de venda até questões relativas a embaraços legais que impedem a concretização da transação. Porém, o que mais tem sido observado por profissionais que intermediam as vendas, encontra-se ligado à apresentação do imóvel.
Segundo alguns corretores, isso se deve à importância que é dada ao impacto visual, consolidada no ditado popular “a primeira impressão é a que fica”. De fato, entre dois imóveis vizinhos, com igual padrão, aquele que se encontra em melhores condições de aparência vende mais rápido, e, muitas vezes, atingindo, ainda, maior preço.
Um caso narrado por um desses profissionais refere-se a dois imóveis no mesmo prédio, um reformado e outro com o desgaste natural, sendo o segundo 30% mais barato, e que foi preterido pelo comprador em favor do primeiro. Embora saibamos que se trata de uma situação extrema, pois não há necessidade de uma completa reforma para melhorar as condições de venda, verifica-se no mercado que mudanças pontuais e relativamente simples são eficazes para aumentar o potencial de atratividade de um imóvel.
Importante que o vendedor relacione pontos que podem alavancar a venda. Seja qual for o imóvel, a pintura é um elemento primordial e econômico, sendo que muitas vezes uma demão apenas é suficiente para conferir ao imóvel um aspecto renovado. Além disso, quando aliada à utilização de tons claros, dão ao imóvel impressão de ambientes amplos e ar de limpeza.
No caso de imóveis que não se situam em condomínios, a preocupação com a fachada é fundamental, cujo descaso dá impressão de decadência, além da preocupação com o jardim, gradil etc., o que se reflete no valor do imóvel.
Com relação ao interior dos imóveis, primeiramente chamamos a atenção para os ambientes escuros, que transmitem um ar sombrio, devendo-se investir numa iluminação adequada, com melhor capacidade de clareamento, que pode ser potencializado com a instalação de espelhos, que ampliam e ajudam a iluminar qualquer ambiente, sejam grandes ou pequenos.
Somado a isso, devemos ter um cuidado especial com o mobiliário, quando colocado em excesso dá a aparência de ambientes menores, enquanto os velhos somente poluem e deixam o local carregado.
Finalmente, não custa lembrar a importância da limpeza e organização dos ambientes, que impactam logo de início, constituindo uma recomendação até lógica, mas que se somam a esses pequenos cuidados, e podem ajudar, e muito, a não só aumentar o valor do bem, como acelerar a venda, diminuindo seu tempo de oferta no mercado.
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