O mês de março está chegando ao fim, o que marca o término da estação das águas, como ensina a inesquecível música de Tom Jobim: “são as águas de março fechando o verão”; portanto, é chegado o momento de analisar os eventuais estragos ocorridos nos imóveis, provocados por infiltrações e alagamentos, trazendo tanto desconforto aos usuários.
O período que vai de outubro a março é caracterizado nas principais regiões brasileiras pelo alto índice pluviométrico, que resulta em tragédias de proporções colossais, como a que atingiu a região serrana do estado do Rio de Janeiro, mas também gera muitas reclamações.
As mais comuns referem-se a infiltrações em lajes e jardineiras, mas atingem também paredes, especialmente aquelas em contato com as fachadas das edificações e que, na esmagadora maioria das vezes, somente serão definitivamente sanadas com a execução de uma nova impermeabilização do local, o que se recomenda ser iniciada com o fim da incidência das chuvas.
Além disso, onde ocorreram problemas no período das chuvas, é importante lembrar a importância de se observar a manutenção dos equipamentos e dos sistemas de impermeabilização, pois assim não haverá surpresas quando se iniciar o novo ciclo das águas.
Segundo especialistas no assunto, as partes mais afetadas de um imóvel, incluindo também os condomínios, são os extremos: a cobertura e o primeiro piso, especialmente se localizado em um subsolo, são os mais susceptíveis a problemas de infiltração.
Dessa forma, é importante que se faça um planejamento das ações a serem realizadas, a partir de uma criteriosa vistoria, a ser executada por profissional devidamente habilitado, que irá apontar quais os serviços necessários para manter a estanqueidade do imóvel, especialmente quando formado por muitas unidades, sejam para uso comercial ou residencial.
Começando pela parte superior, o principal elemento a ser vistoriado é o telhado, onde poderá haver necessidade de substituição ou reparo de algumas de suas partes, e com ele as calhas, que podem estar entupidas, além do sistema de para-raios, que exige manutenção anual. No caso de ausência de telhado, a laje deve ser vistoriada quanto à existência de trincas, além de verificar se requer substituição da impermeabilização, em função de sua idade, que não deve ultrapassar dez anos.
No corpo central de uma edificação, a atenção deve estar voltada para a fachada, onde não pode haver trincas, e no rejunte do material de recobrimento, ponto vulnerável à penetração de água.
No nível térreo, a checagem dever ter início nos ralos, que devem estar desobstruídos, nas jardineiras, cujas raízes são agressivas ao sistema impermeabilizante, às piscinas, pelas características naturais do contato com a água, e no piso, especialmente sobre a existência de agente externo, como fixação de um elemento perfurante.
No subsolo, a observação dos poços dos elevadores é um indicador da presença de vazamentos e, no caso de existência de sistema de bombeamento, os equipamentos devem estar com a manutenção correta e serem bem dimensionados.
Como muitas ocorrências não podem aguardar o fim das chuvas, medidas emergenciais podem ser adotadas, como colocação de coberturas provisórias, aplicação de silicone e até barreiras físicas para impedir o avanço das águas, que não requerem sequer aprovação em condomínios.
Como existem registros de problemas nessa área decorrentes da ação de profissionais despreparados, é fundamental que qualquer medida seja executada por profissional habilitado e capacitado, com boas referências de trabalhos dessa natureza
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