O período das festas natalinas sempre traz em destaque o grande fenômeno do varejo, os shopping centers, com suas luzes coloridas e decoração primorosa, despertando em cada um a alegria dessa época festiva, muito embora poucos possuam conhecimento de sua história.
Para entender a dinâmica de surgimento destes centros de compra, devemos recordar a fase posterior à 2ª Guerra Mundial nos Estados Unidos quando o desenvolvimento da indústria automobilística fez com que o pedestre se transformasse em um ser motorizado, passando a utilizar o carro para fazer suas compras e, com isso, buscava um local para estacioná-lo.
Aliado a essa mudança de hábito, também alteraram-se os padrões tradicionais do varejo, com o surgimento do sistema self- service, especialmente nos supermercados e nas grandes lojas de departamento, transformando o comércio tradicional, que atuava de forma artesanal, em algo mais aberto e pujante.
Foram esses os pilares para o surgimento da indústria de shoppings, cuja primeira experiência surge antes dos anos 50, em Kansas City, onde um homem de nome Mr. Nichols construiu um conjunto de lojas para locação, embora sem os conceitos atuais, mas que foi considerado um marco para o setor.
Em 1953, quando a população americana era de 151 milhões de habitantes e rodavam em suas cidades 40 milhões de automóveis, surgiu em um subúrbio de Seattle-Washington, o primeiro shopping center regional, denominado Northgate, concebido sob um projeto de grandes dimensões, com alguns dos conceitos que hoje conhecemos, especialmente o regime de aluguel participativo sobre as vendas.
Em 1956 surge o South Dale, já com a quase totalidade das características que se tornaram padrão neste tipo de empreendimento, destacando o fato dos corredores serem totalmente fechados e dotados de sistema de ar condicionado.
No Brasil, o marco inicial ocorre em 1966, com a inauguração do Shopping Iguatemi, em São Paulo, muito embora a primeira experiência tenha ocorrido no Rio de Janeiro, no bairro do Meier, denominado Shopping Center do Meier, na Rua Santa Cruz, com conceitos avançados, inclusive uma loja-âncora, a Sears, porém com um estacionamento de reduzidas proporções.
Hoje nosso país apresenta um nível de qualidade equivalente ao dos países desenvolvidos, tendo exemplos como o BH Shopping e o Diamond Mall em nossa cidade, colocando o Brasil como o décimo país do mundo em quantidade de shoppings, cujo número de unidades tem dobrado a cada cinco anos.
Segundo a ABRASCE, a entidade que reúne esses empreendimentos, o Brasil conta hoje com 262 shoppings, sendo 241 em operação e 21 em construção, destacando que 49% já se situam no interior e as vendas totais atingiram o percentual de 18% de todo o varejo nacional tradicional.
Por tudo isso, essa indústria tem demonstrado uma grande vitalidade, cumprindo um importante papel no crescimento da economia, especialmente por ser geradora de quase 500.000 empregos diretos e possuir expressiva integração com a comunidade.
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