Nos últimos anos, o aumento das compras feitas pela Internet, mais conhecida como e-commerce, palavra derivada da abreviação em inglês de eletronic commerce, que significa “comércio eletrônico” em português, tem causado a queda no número de lojas de varejo, tendo como principal vantagem a comodidade de comprar sem sair de casa, evitando assim os deslocamentos comuns aos grandes centros urbanos. Não obstante, essas mecas do consumo continuam a ser um grande ponto de concentração de pessoas, o que obriga os empreendedores a se adaptarem aos novos tempos e a esta nova realidade.
Também da parte dos lojistas, verifica-se a necessidade de se reinventarem, como por exemplo, aumentando a variedade de produtos, preparando ainda mais seus funcionários para se capacitarem, tornando-os mais motivados no atendimento ao público, pois a principal vantagem da loja física são as experiências sensoriais propiciadas ao consumidor, cujo contato com o produto lhe permite ter uma ideia de sua qualidade e é nesse sentido que os shoppings devem se adequar às novas necessidades e às novas exigências, embora não há dúvida que continuarão a ser um elemento definitivamente incorporado à paisagem urbana.
Se, por um lado, os shoppings centers já estão se reinventando, por outro, o faturamento do comércio eletrônico no Brasil deve mais que dobrar até 2021, segundo um estudo encomendado pelo Google. Nesta queda de braço entre o comércio eletrônico e as lojas convencionais quem sai ganhando é o consumidor, que terá um número maior de opções no momento de realizar suas compras.
Com o aumento da concorrência do comércio eletrônico, os empreendedores buscam alternativas em sua vantagem competitiva, justamente naquilo que não é possível ser obtido pela Internet, visando assim enfrentar este inimigo invisível, que surgiu na esteira da maior conexão da população, explorando ao máximo o espaço disponível, como, por exemplo, na China, onde existem shoppings que proporcionam experiências sensoriais para os visitantes, como, por exemplo, um zoológico com mais de 300 animais e insetos.
No Mall of América, que tem o maior movimento dentre todos os shoppings nos Estados Unidos, foram criadas novas atrações, como o maior parque de diversões coberto do país, com montanhas-russas, roda gigante, além de contar com um aquário imenso, míni campo de golfe e até mesmo uma capela para celebrar casamentos, oferecendo diferentes experiências aos consumidores e visitantes.
No Brasil, uma das soluções encontradas para atrair os consumidores é o aproveitamento do espaço disponível, usando, por exemplo, o estacionamento para receber shows e feiras, além do showroom de marcas que vão de veículos a apartamentos. Além disso, a reinvenção dos shoppings brasileiros se dá no momento de sua construção, pois, segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), entidade que congrega esses empreendimentos, foi possível verificar a consolidação do interior como ponto de referência para a construção de novos centros de compras.
Ainda segundo o levantamento realizado por esta associação, existe uma forte tendência de que cada vez mais os novos shoppings irão se instalar no interior, como mostram os números de 2016, em que dos 30 empreendimentos que foram lançados, 23 estavam previstos para acontecer fora das capitais.
Por fim, cabe destacar a principal mudança no formato dos antigos e novos shoppings no Brasil, que passam a ser não somente um centro comercial, mas também um centro de convivência, tornando-se um complexo multiuso, pois com o avanço da tecnologia é necessário explorar o máximo de espaço, visando atrair o público com experiências que são impossíveis de serem alcançadas pela Internet e ao mesmo tempo oferecer uma maior comodidade para seus frequentadores.
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