Estudos recentes de uma consultoria internacional independente apontam que os investimentos programados pelas montadoras no país elevarão a capacidade de produção de automóveis e veículos comerciais leves no Brasil em aproximadamente 60,00% até ente os anos de 2012 a 2017, o que significa dizer que, se todos os projetos se concretizarem haverá um acréscimo de 2,5 milhões de unidades à atual capacidade instalada.
Com esse incremento, esse potencial produtivo subirá dos atuais 4,3 milhões de veículos para 6,8 milhões em cinco anos, o que fará com que sejam incorporados anualmente ao mercado de consumo 5,4 milhões de unidades em 2017, considerando a taxa de ocupação das fábricas na ordem dos atuais 80,00%.
A apresentação dessas estimativas vem de encontro ao especial momento econômico vivido pelo país, que caminha para se tornar em breve a sexta maior economia mundial, o que já se reflete nos maciços investimentos externos e busca de oportunidade por estrangeiros, que aqui se dirigem em busca de trabalho e negócios.
Esse cenário seria mais auspicioso não fosse os grandes desafios a serem enfrentados, iniciando-se pela precária infraestrutura, passando pelo gigantesco déficit habitacional e chegando às questões prementes ligadas à segurança, saúde e educação, que se tornam barreiras na oportunidade de impulsionarmos o crescimento sustentável do país.
No tocante às áreas urbanas, que hoje já abrigam 85,00% da população urbana, persiste um dos maiores desafios para as autoridades públicas, onde os constantes gargalos no trânsito fazem com que milhões de brasileiros passem cada vez mais tempo nos trajetos cotidianos, transformando o debate sobre a mobilidade urbana na ordem do dia para os setores público e privado.
O grande questionamento é o de criar condições para o deslocamento dessa enorme massa da população, onde milhões de pessoas percorrem um movimento pendular diário de suas residências para o trabalho ou estudo, permitindo que cheguem e saem de suas casas de maneira organizada, segura e confortável, o que certamente não será pelo estímulo ao uso do automóvel, em detrimento do transporte público.
Essa questão exige criatividade e competência dos gestores públicos, que tem buscado alternativas, tais como o VLT (Veículo Leve Sobre Trilho), metrô, monotrilhos, BRT (Bus Rapid Trasit) e corredores exclusivos para ônibus, entretanto a solução vai além, como o nacional, fazendo com que as pessoas possam trabalhar, estudar e divertir próximo a suas residências, que resultou no projeto dos pólos de desenvolvimento autossustentáveis.
Além disso, é fundamental o incentivo às ações metropolitanas conjuntas para que as legislações sejam compartilhadas, resultando no planejamento de uma macrorregião e, consequentemente, no desenvolvimento integrado das cidades envolvidas nessa nova política, o que permitirá enfrentar esse grande desafio que é a mobilidade urbana, exigido do empresariado e das autoridades projetos novos e planejamento urbano sustentável.
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