Com a proximidade da estação chuvosa, está marcado o início da temporada de vazamentos e infiltrações, quando muitos lares irão conviver com goteiras, umidade, mofo e todos os tipos de dissabores provocados pela ação da água sobre as edificações tratando-se do verdadeiro fantasma da construção civil sabem que ele só pode ser combatido com a chamada impermeabilização.
Essa é uma técnica que consiste na aplicação de produtos projetados especificamente para proteger o imóvel da ação das águas, seja proveniente da chuva ou de seu próprio sistema interno, mantendo, assim, as condições de estabilidade da construção.
Como a ausência ou inadequação da impermeabilização compromete a durabilidade da edificação, além de trazer prejuízos financeiros e causar danos à saúde de seus ocupantes, torna-se imperativo um planejamento adequado de sua execução, que ainda reduzirá custos e aumentará sua eficiência.
Tudo isso porque os efeitos danosos da percolação da água nas superfícies e estruturas afetam o concreto, sua armadura e as alvenarias, deixando o ambiente insalubre, pois traz umidade, fungos e mofo, reduzindo a vida útil da construção, bem como resulta em elevado desgaste físico e emocional dos ocupantes e, consequentemente, má qualidade de vida.
Não obstante essas evidências, que por si só deixam clara a importância desse item, muitos ainda questionam o valor despendido nessa etapa da obra, sem se lembrarem de analisar a chamada “relação custo/benefício”, isso porque, se analisada sob o contexto geral de uma obra, uma impermeabilização representa um percentual variável de 1% a 3% sobre o valor total, enquanto se o problema for constatado após sua conclusão, o custo para refazer todo o processo pode resultar em um acréscimo superior a 20% do valor do serviço.
Em função do elevado índice de ocorrências patológicas na construção originárias de defeitos em impermeabilizações, busca-se, cada dia mais, a garantia e a qualidade em todo o processo.
Dessa forma, assim como já acontece principalmente com as instalações hidráulicas e elétricas, no planejamento de uma obra de construção civil já se incorpora o projeto de impermeabilização, no qual o profissional encarregado de planejar esse sistema deverá compatibilizá-lo com o projeto de arquitetura e os demais projetos complementares.
Para desempenhar essa tarefa é fundamental que o projeto esteja em total conformidade com a NBR 9575/2003 (Norma Brasileira para Elaboração de Projetos de Impermeabilização) da ABNT, devendo o projetista analisar o projeto básico da edificação, evidenciando as áreas que necessitem ser impermeabilizadas e indicando os sistemas adequados para cada situação, que poderá ser pré-fabricado, moldado in loco ou rígido.
Mas como impermeabilizar não se resume à simples aplicação de produtos químicos, o processo deve incluir, além do projeto, a mão de obra qualificada, a orientação aos usuários, o detalhamento, a especificação e definição dos materiais, serviços e acompanhamento, pois só assim não iremos presenciar os problemas que fazem alguns chegarem a vender um imóvel em função de vazamentos e infiltrações.
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