Este questionamento é uma das maiores aflições que atinge as pessoas quando o assunto é casa própria. Muitas são as opiniões que pendem para um ou outro lado, tendo ficado em evidência, por exemplo, com a popularidade do best-seller “Pai Rico, Pai Pobre”, de Robert T. Kiyo Saki e Sharon L. Lechter.
Nesta conhecida publicação existe quase um dogma, segundo o qual o dinheiro deve trabalhar para as pessoas, sendo que no caso imobiliário, prega-se que a utilização de um financiamento não é um bom negócio, e este dinheiro deve ser revertido para o mercado financeiro enquanto o usuário parte para o aluguel e dedica-se à acumulação de uma reserva financeira.
Aqueles que apostam nesta estratégia raciocinam que a independência financeira de uma pessoa virá dos investimentos quando a pessoa poderá comprar o que quiser, inclusive a casa própria, se for o caso, sempre sob o prisma de que a compra financiada, ainda que a juros subsidiados, pode resultar em um gasto maior, sendo mais interessante poupar, mesmo pagando aluguel, para comprar à vista mais tarde.
Por outro lado, todos sabem, muitos por experiência própria ou próxima, que o aluguel é um grande vilão no orçamento pessoal, e o sonho da casa própria sempre vem acompanhado de questões intangíveis e psicológicas, especialmente no quesito segurança, embalado pela instabilidade econômica das últimas décadas e do crescimento urbano, que resultou em um considerável déficit habitacional em nosso país.
De qualquer forma, o mais importante é refletir bem antes de tomar uma decisão no que se refere à situação pessoal de cada um, especialmente à sua estrutura familiar, casado ou solteiro, ou suas possibilidades de uma futura mudança que poderão afetar na escolha do caminho que irá optar.
Quando algumas perguntas não encontram respostas, ou existem muitas dúvidas quanto a questões como estas, certamente a melhor opção é alugar, até que a situação possa se clarear e, então, ultrapassada esta primeira barreira, possa pensar no que realmente irá definir.
Passando à questão do financiamento, uma análise do prazo de utilização do imóvel versus o prazo de financiamento é uma questão importante, pois se aquele imóvel escolhido não irá lhe proporcionar utilidade por muito tempo, o melhor é partir para outro que irá ser utilizado por mais tempo, ainda que a prestação seja superior, ou talvez alugar um imóvel mais simples, possibilitando a formação de uma poupança que diminuirá a futura prestação.
Outros entendem que seria mais lógico a aquisição de um imóvel mais antigo, onde já foi absorvida grande parte da depreciação, entretanto, a pessoa deve ter em mente que se trata de uma opção que pode acarretar futuras dificuldades de venda, além de acarretarem custos mais elevados de manutenção o que somente se justifica se for uma decisão para o longo prazo.
Além disso, vale a pena estudar outras opções, como o consórcio ou modalidades novas que estão surgindo, que conjugam arrendamento com prestação, sendo o mais importante planejar desde cedo o seu futuro e, para a imensa maioria das pessoas, não só por elas, mas especialmente para suas famílias, vale sim a pena realizar o sonho da casa própria.
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