O cobre é um dos metais menos abundantes na crosta terrestre, sendo que, em muitos casos, são encontrados combinado com o ferro, o carbono e o oxigênio, situando-se, na tabela periódica, entre os metais de transição, cuja familiaridade no mercado da construção civil deve-se ao fato de que sempre foi uma matéria-prima tradicional para tubulações em edificações de todo tipo.
Não obstante essa tradicional constatação, uma preocupação que não é mais ignorada é a presença do policloreto de vinila (PVC), que, nos últimos anos, sobrepujou o cobre, o que tem levado o setor ligado ao metal a fazer uma série de investimentos visando ressaltar, no pensamento dos consumidores, as vantagens da utilização do cobre.
O cobre suporta vibrações fortes quando é a base de tubulações e, no caso de incêndios, não emite gases tóxicos, além de suportar temperaturas muito elevadas sem danificar-se, entretanto, não podemos deixar de frisar que o PVC também possui suas vantagens, e que a que talvez chame mais a atenção, sobretudo de classes mais baixas, é seu preço reduzido.
A diferença de preço pode variar entre 20% e 30%, e se o setor ligado aos materiais provenientes do plástico apegam-se a esses dados, as vertentes ligadas ao cobre tentam ressaltar que, no custo final de uma obra, o investimento relativo à tubulação não foge muito da casa dos 2 por cento. Outro fator que contribui para o cobre, no momento, é o alto preço do barril de petróleo, matéria-prima do plástico, que hoje flutua acima dos US$ 110,00, mas que já beirou este ano os US$ 140,00.
A crescente preocupação com a situação ambiental do nosso planeta também pesa a balança favoravelmente para o resistente metal, afinal, além de não emitir gases quando aquecido, ele é reciclável, primazia não ligada aos materiais plásticos, sendo o cobre uma das melhores opções para a reciclagem, nenhum resíduo é perdido, todos eles podem ser utilizados de certa forma, não importando quantas vezes seja reutilizado, esse metal não perde suas ricas propriedades. A Termomecânica, a maior empresa de reaproveitamento de cobre no país, possui cerca de 50% de suas atividades ligadas à materiais reaproveitados, o que ajuda a explicar o aumento na casa dos 10% da produção das empresas desse setor.
O grupo que mais investe em tubulações com cobre são os de maior renda, uma vez possuírem condições de fechar um negócio sem se preocupar com um leve aumento no valor da transação, mas muitas vezes o consumidor se esquece do valor do investimento que pode ser abatido tempos depois, tendo em vista a maior durabilidade e confiabilidade do cobre, afinal, é sempre importante manter o olhar atento para o velho ditado do “barato que sai caro”.
Para ganhar a fatia do mercado que de fato está mais interessada em economizar de imediato, os produtores ligados ao cobre devem estar atentos, e o que pode contribuir com eles são estimativas feitas de que a produção possa crescer mais de 100% até 2011. Projetos para exploração do metal no Pará, Bahia e Goiás podem gerar mesmo uma autossuficiência brasileira no ramo em alguns anos, lembrando que cerca de um quinto do território brasileiro é devidamente mapeado, geologicamente falando, embora atualmente mais de 80% do volume importado para o mercado brasileiro seja proveniente de exploração chilena.
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