Muitas pessoas idealizam uma residência como a casa dos sonhos, o que exige a adaptação do projeto segundo seus desejos e interesses, o que compreende a compra do terreno, seguida da contratação de um arquiteto, cuja função é transpor para o papel todo aquele ideário de ambientes sonhado, o que vem ocorrendo cada vez mais em idades inferiores às das gerações passadas, quando ainda não existe nenhuma preocupação com o uso do imóvel nos anos da terceira idade.
Isso faz com que, ao atingir essa fase da vida, o usuário passe a reclamar por adaptações, para que o imóvel se torne não só confortável para essa faixa etária, mas, principalmente, seguro, uma vez que estatísticas indicam que 75% dos acidentes caseiros ocorrem com pessoas acima de cinquenta anos.
Essa realidade, além dos naturais dissabores decorrentes de um acidente, conduz o acidentado ao medo e à desconfiança de ocorrência de novos infortúnios, resultando numa redução de suas atividades e limitação de suas ações, o que foi batizado por especialistas de síndrome da imobilidade, o que leva usualmente à depressão.
Cientes dessa realidade, os arquitetos já incluem, no desenvolvimento do projeto, itens que zelam pela saúde dos idosos, visando à prevenção de acidentes, mas o usual é a necessidade de adaptações que facilitem os movimentos e deixem os ambientes mais funcionais, cujos espaços respeitem as limitações dessas pessoas, o que leva ao desenvolvimento de móveis, revestimentos e objetos decorativos que reduzam as chances de possíveis acidentes.
Além disso, é necessário que sejam idealizadas medidas que reconheçam essas necessidades de conforto e facilidades nas tarefas diárias, que incluem intervenções nos pisos, vidros das janelas e tipo de abertura, intensidade de luz, cor das paredes, mobiliário e acessibilidade interna.
Como os acidentes mais comuns registrados constituem quedas, o que pode agravar algum quadro de doença, ou mesmo atingir uma parte do corpo que irá lesionar o idoso, fazendo com que seja obrigado a um repouso continuado, o que se mostra totalmente indesejável, a melhor prevenção começa pela colocação de pisos antiderrapantes, o que resulta em superfícies firmes para o idoso transitar.
Quanto aos ambientes da casa, recomenda-se especial atenção aos banheiros, local notoriamente conhecido como principal cenário de acidentes com idosos, em função do piso escorregadio e ausência de estrutura de apoio, que exigem vasos mais altos, instalação de barras, retirada de objetos perigosos, lembrando que os espelhos podem confundir essas pessoas, e, para imóveis com mais de um pavimento, estes devem ser no andar inferior.
No caso da acessibilidade, não se recomenda escadas longas e em curva, lembrando sempre da necessidade do corrimão, bem como verificar a possibilidade de instalação de rampas que substituam degraus e patamares que permitam o descanso.
O mobiliário deve ser fixo no chão e não apresentar quinas, as janelas amplas com cortinas claras facilitam a entrada da luz e os locais de armazenagem de objetos de uso regular não devem ser nem altos e nem baixos, mas na medida do manuseio e dispensam-se apetrechos que representem obstáculos.
Recomendações simples podem melhorar a ambientação da residência, fazendo com que o idoso se sinta à vontade e não coloque sua segurança em risco, o que será facilmente absorvido por um profissional habilitado, que poderá oferecer um ótimo projeto arquitetônico.
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